28 novembro 2012

Chama

Você chega.
Em seu melhor momento, sempre
Ao natural.
Naturalmente bela a me encantar.

Com seu jeito especial, chama minha atenção.
Mas não me chama.
Não provoca a chama que em mim há de inflamar

E transformar-se-a em explosão.
Uma rápida e pequena combustão que há de me elevar.
Não há como relevar.

E levará o sangue quente ao coração.
Fará bater o que me faz viver. E verá
O que a dor um dia não pôde arrancar

Nem com machados ou mansões,
Nem com descasos ou canções.

Fico aqui.
Espero, de novo, a ti.
Atiro pedras aos que lhe querem roubar.

Henrique Corrêa

Ritual do sono