Falar de amor? Como?
Se ate hoje só o senti em meu coração, mas nunca o concretizei.
E o amor passou por entre meus dedos, mas foi tudo por minha culpa, sempre foi culpa minha. Hoje, só estou a colher o que plantei.
Vejo, nas profundezas infinitas, um deslumbrante abismo que parece me atrair. O brilho irresistível do abismo me arrasta. Estou sempre em movimento e nunca chego a lugar algum onde possa me encher de luz. Mergulho no infinito por uma eternidade.
Minha felicidade é como um perfume. Vivo inalando-a e ela vive me iludindo. É uma intoxicação renovada incessantemente, uma intoxicação que não se satisfaz.
Imaginem minha felicidade como um banho de mar, cheios de rairos de luz. O amor tem um pouco desses raios, mas contem também relâmpagos.
Suicídio é um ato de um viajante que tem a eternidade para percorrer e teme atrasar-se. Cometer suicídio é avançar o ponteiro das horas do relógio da vida. Deus quer que o homem viva, e por isso esconde dele a natureza da morte. Se cometer suicídio, o homem descobrirá o seu verdadeiro paraíso e talvez saber que não é paraíso...
Tudo vive, a geração gera a metempsicose
Um medonho sol negro de onde irradia a noite
No monstro ela expia, no homem ela repara...
Sim! Seu universo indomado esta condenado!!
Porque todos os seres se comportam mal, e geram na hora da morte, o mostro de suas vidas
Que acabara por domina-las.
Nos calabouços secretos de almas
Homem, espirito cativo os esculta…
E em sua mente duvida!
Quem sou eu??
Sou a ideia eterna. Sou real.
Só eu me completo por mim.
Sou a queda da alma entre o finito e o infinito.
Sou o braço da imensidão carregando o grão de areia e misturando-o a semente de fogo.
Sou o corredor que conduz as portas secretas
Meu semblante é esculpido pela própria criação; meus olhos são estrelas, meus ouvidos são o vento, minha boca é o abismo, minha pele é o céu.
Sou o retrato misterioso pendurado na parede da casa estranha
Sou a raiz da flor, a fecundação da rocha, o ferrão do inseto, a corrente do condenado, a asa do anjo.
Sou o carcereiro arcanjo q brilha na imensidão como o sol refletindo na forma de um colar de ferro.
Moro com o meu remorso, ele me bate sempre qnd vou entrar.
Minha punição se estende a mt tempo.. e só acabara no dia em que o mar invadir a minha rocha
O rigor de uma sentença ñ consiste em sua duração, mas sim, no fato se ser eterna ou não.
A montanha é minha tumba, eu sou a alma dela; ascendo e desço novamente
Desejo o céu e a terra me deseja
As estrelas puxam-me pelos cabelos, e caixão se agarra aos meus pés.
A escuridão grita: “fique de joelhos” mas o sol brada: “levante-se!”
Sou aquele que esta inconsolável , perdido em meio as trevas.
Choro, e as estrelas enxugam-me as lagrimas.
Choro nas profundezas do abismo de Deus
Choro dentro do sinistro barril ao qual as Danáides da infinidade cravejaram de buracos.
Sou aquele q esta inconsolável e paira no horizonte...
Estou sendo punido.
A punição trás tristeza.
A tristeza atrai o amor.
Que vem com as lagrimas que trazem os sorrisos.
Sem coração ou mente, levanto contra santos minhas garras sangrentas que se enterram e alargam a ferida, são os mártires agonizantes.
E que esta carta q agora acabo de escrever os meus mais profundos sentimentos seja digna de ser dejeto aos primeiros vermes junto ao meu cadáver.
Sim! Porque já me considero morto!
E que meu ultimo desejo, o único, seja realizado.. que caia examente nas suas mão e entre em sua mente essas palavras pára que percebas o quanto eu te amei por toda eternidade!
Mas fico feliz! Agora! Pq esse desejo acaba de ser realizado!! Porque você leu! E eu sei disso... Mesmo morto eu continuo te vigiando e te amando...
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